O juiz Paulo Marcos Vieira, da 2ª Vara Cível de Rio Preto, determinou a penhora de R$ 36,7 mil das contas bancárias da Fifa, em favor da família do empresário rio-pretense Adinael Roberto Martins, assassinado no último dia 30 de abril. Com a morte de Martins, a viúva, Lilian, e o único filho do casal, Breno, serão os beneficiados com a decisão. O advogado André Zanin Calux, defensor da família, pretende entrar com agravo para, conforme a peça inicial no processo, solicitar o valor de R$ 116 mil.
“Para compensar as partes dos constrangimentos, o total da indenização por danos morais será de R$ 32,5 mil, que, somado a importância do dano material, isto é, $ 4, 1 mil, apura se o valor de R$ 36,7 mil”, sentenciou o juiz. Martins havia procurado o advogado após ter comprado três ingressos para cada um dos três jogos marcados para o estádio Maracanã durante a Copa das Confederações, em junho do ano passado. A intenção de Martins era garantir presença na decisão do título, programada para o estádio carioca, no dia 30 de junho.
Martins, Lilian e Breno viajaram no dia 27 exclusivamente para a decisão. Quando ele foi retirar os ingressos no Rio de Janeiro, a atendente entregou ingressos para México e Itália, disputado em 16 de junho, e Espanha e Taiti, dia 20. “Comprei exclusivamente para realizar o sonho do meu filho. Prometi ao Breno levá-lo na final no Maracanã. Infelizmente, não consegui.
E ouvi da funcionária: ‘procure um bom advogado’, declarou Martins, em entrevista ao Diário quando procurou pelo advogado Calux em setembro do ano passado. Com a morte de Martins, Lilian e Breno deverão ser indenizados como herdeiros. A defesa espera por agilidade da Justiça em resolver a causa. O receio é com a lei geral da Copa (12.663 de 5 de junho de 2012) que deixa a Fifa imune ao Código de Defesa do Consumidor.
“Com o término da Copa do Mundo, os realizadores não se encontrarão mais no Brasil, o que pode dificultar e prejudicar a reparação do dano, frente aos benefícios fiscais e jurídicos concedidos pelo Governo à Fifa”, disse Calux. A Fifa não manifestou conhecimento da decisão.
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